Ela gostaria de ter uma maquina do tempo, sentir de novo cada sensação, visitar de novo cada alegria, reviver todos os momentos bons, e talvez até, fazer diferente. Encontrar de novo com aquelas pessoas, brincar de novo com aquelas bonecas, correr na rua, sentir a brisa e ver a doçura de todos aqueles momentos que ela deveria ter dado um valor maior, pois ela ainda não sabia quando, viveu, que aqueles eram os poucos e raros, melhores momentos da vida. Crescer se tornou a aventura mais assustadora de todos os tempos, ver tantos sonhos, planos, sendo carregados pelas injustiças da vida, ver ela te dando alguns empurrões e ela precisando se manter firme e não cair com nenhum deles. Ela é obrigada a assistir sentada, chegadas e partidas, e existem algumas partidas que doem e levam um pedaço dela, e ela vai ficando ali, com a metade do que sobrou, e dizendo pra si mesma o tempo todo que ficar é pior do que partir, mas não existe essas escolhas, existe apenas aceitação, conformismo, e o despertador da vida toca, acordando ela, porque a vida continua, e o cotidiano cobra isso. Andar perdida por ai, se perguntando o tempo todo o que fazer, não é bem uma escolha, é a opção, é o que restou depois de um coração trincado, ou quebrado, quem sabe... Omitir lágrimas e vender sorrisos, ser educada e seguir como se estivesse sempre bem, ela pensa consigo mesma que é uma boa atriz, afinal todos acreditam que ela esteja verdadeiramente bem, é bem obvio que existem problemas maiores que os dela, e casos mais tristes do que o dela. Mas a dor pra quem sente é apenas uma, e não existe um motivo explicito que a façam sentir. O maior motivo dele pra ela é a saudade,
"Nada nunca está de fato perdido, nem pode ser perdido.
Nem nascimento, identidade, forma - nenhum objeto do mundo,
Nem a vida, a força, nem qualquer coisa visível;
O corpo, preguiçoso, envelhecido, frio - as cinzas que ficaram de fogos anteriores,
hão de inflamar-se outra vez."
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